Já há algum tempo quero comentar esta fita. Depois de gerar certa polêmica e chamar muita atenção (muita mesmo né), fui profeticamente alertado por minha mulher: "este filme irá lhe decepcionar". Dito e feito.
A obra até que monta de maneira descente um possível início da famosa franquia "Planeta dos Macacos", também entrega efeitos especiais incríveis (um presenta da Weta Digital, de "Avatar"), e faz uma análise evolutiva interessantíssima do macaco Caesar, captado de forma grandiosa por Andy Serkis. O problema aqui é exclusivamente o núcleo humano. Quem dera eles também fossem animados, talvez assim tivessem mais profundidade.
O jovem doutor responsável pela incrível vacina da inteligência, que busca curar de forma definitiva o Alzheimer - mas acaba gerando um macaco ultra sábio - é interpretado de maneira insossa por James Franco, que a todo momento nos faz desejar que ele estivesse preso em uma pedra no meio do deserto. Sofrendo de uma grave inconsistência de personalidade, o personagem muda de opinião da mesma forma que políticos brasileiros mudam de partido. Tudo que Franco faz é aparecer com cara de chapado (como se tivesse acabado de sair de uma cena de "Segurando as Pontas") e falar alguma frase que deveria ter algum efeito. Seu par romântico então ( Freida Pinto, de "Quem Quer Ser um Milionário?") é extremamente irrelevante e infelizmente mais parece uma modelo desfilando do que uma atriz atuando.
O time de apoio é, em sua totalidade, caricato e enfadonho. Até mesmo o eficiente ator Brian Cox aparece desaproveitado e mal conduzido. Tom Felton também não se importa em tentar inventar outro personagem e se repete como Malfoy.
No final, até que vale a pena ver "Planeta dos Macacos: A Origem", simplesmente para apreciar o núcleo de animais digitais, que foram bem elaborados e parecem os únicos que realmente ganharam atenção dos realizadores. Cenas de ação alucinantes fecham este pacote. Mas infelizmente um filme não sobrevive apenas de ilusões, é preciso um roteiro completo e bons atores. Por mais que os efeitos sejam revolucionários, o filme é bem medíocre.
No final, até que vale a pena ver "Planeta dos Macacos: A Origem", simplesmente para apreciar o núcleo de animais digitais, que foram bem elaborados e parecem os únicos que realmente ganharam atenção dos realizadores. Cenas de ação alucinantes fecham este pacote. Mas infelizmente um filme não sobrevive apenas de ilusões, é preciso um roteiro completo e bons atores. Por mais que os efeitos sejam revolucionários, o filme é bem medíocre.
Se ainda não viu, confira o trailer logo abaixo:
Planeta dos Macacos: A Origem/ Rise of the Planet of the Apes: Estados Unidos/ 2011/ 105 min/ Direção: Rupert Wyatt/ Elenco: Andy Serkis, James Franco, Freida Pinto, John Lithgow, Brian Cox, Tom Felton