O conceito de "Poder Sem Limites", em um primeiro momento, pode parecer meio batido. Já tivemos alguns exemplares por aí que utilizaram a interessante idéia de fazer dos personagens os responsáveis pelo registro de suas próprias histórias, o que teoricamente oferece mais realismo, pois a trama acaba sendo apoiada por um tom inevitavelmente documental.
Os atores escalados para este filme em questão são desconhecidos, e ainda precisam se desenvolver melhor na profissão. Dane DeHaan, talvez o mais completo dos três (os outros são Alex Russel e Michael B. Jordan), é o que faz girar a dramaticidade do longa, alcançando um resultado satisfatório, levando em conta que a obra pouco se importa com dramas elaborados.
O argumento principal é raso: três garotos – um cara normal, um freak e um popular - descobrem sem mais nem menos um buraco no solo, e lá vivenciam um contato imediato de terceiro grau. Este evento desencadeia poderes telecinéticos nos jovens, que se veem erguendo objetos com o poder da mente. Primeiramente as cargas são leves, mas elas evoluem para uma vasta gama de possibilidades "incríveis".
Mas o que no início era só curtição, com o passar do tempo se torna algo sério e sem controle, pois afinal, a vida não é brincadeira. Se todos os garotos deprimidos descobrissem que ganharam super poderes teríamos uma legião de vilões.
Apesar desta aparente simplicidade, o longa se destaca na diferenciada produção, talvez por causa de uma mãozinha européia por trás de tudo (os países de origem do projeto são Inglaterra e EUA). O diretor Josh Trank realiza um trabalho eficiente na condução da fita, valorizando detalhes que a enriquecem de forma exponencial, e um desses detalhes é sem dúvida a criatividade que reinventa a captação de imagens em primeira pessoa.
Inteligentemente, o diretor explora diversos elementos que atualizam o "gênero", como a ênfase em qualidades distintas de gravação, o esquema de levitação ou mesmo a utilização de câmeras de segurança e vigilância. Como foi dito, isso pode não parecer tão inovador assim, mas é inegável que o resultado não seja superior a diversos outros exemplares. Uma clara evolução no princípio. As tomadas estranhas, desfocadas e tremidas oferecem extremo realismo, um fato admirável quando temos garotos voando como malucos pelo céu. Isso torna a experiência instigante.
Apesar desta aparente simplicidade, o longa se destaca na diferenciada produção, talvez por causa de uma mãozinha européia por trás de tudo (os países de origem do projeto são Inglaterra e EUA). O diretor Josh Trank realiza um trabalho eficiente na condução da fita, valorizando detalhes que a enriquecem de forma exponencial, e um desses detalhes é sem dúvida a criatividade que reinventa a captação de imagens em primeira pessoa.
Inteligentemente, o diretor explora diversos elementos que atualizam o "gênero", como a ênfase em qualidades distintas de gravação, o esquema de levitação ou mesmo a utilização de câmeras de segurança e vigilância. Como foi dito, isso pode não parecer tão inovador assim, mas é inegável que o resultado não seja superior a diversos outros exemplares. Uma clara evolução no princípio. As tomadas estranhas, desfocadas e tremidas oferecem extremo realismo, um fato admirável quando temos garotos voando como malucos pelo céu. Isso torna a experiência instigante.
O roteiro, que é básico em seu esqueleto, ao menos trabalha bem a percepção e evolução dos poderes dos jovens. Eles se reúnem para treinar e se aprimorar como novos "jedis" que são. Por fim, os efeitos especiais perfeitos e orgânicos completam o pacote "isso parece muito com um vídeo real do Youtube", ou algo assim.
"Poder Sem Limites", dentre os filmes "câmera na mão" de temática absurda, é talvez o mais convincente e interessante até agora. Apesar de alguns problemas, vale a pena conferir.
Poder Sem Limites/ Chronicle: Reino Unido, EUA/ 2012/ 84 min/ Direção: Josh Trank/ Elenco: Dane DeHaan, Alex Russel, Michael B. Jordan, Michael Kelly, Ashley Hinshaw